quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O comodismo nosso de cada dia


Comodismo é um atraso de vida. É pior que a preguiça. É mais duradouro. Comodismo é se conformar com o que não está bom. A situação não é boa, mas é minimamente aceitável. Então deixa assim. É dessa forma que as pessoas vão se acostumando, dia após dia, com a falta de felicidade. Não é que sejam infelizes. Elas simplesmente se conformam com a ausência daquela alegria de viver.

Sonhar é bom, mas não basta. É preciso correr atrás do que se quer, não desistir na primeira dificuldade, não se acomodar. Quando estava no ensino médio, tinha um cartão com um trecho de um texto de Roberto Shinyashiki grudado na porta do meu armário. Todos os dias olhava para ele. Uma das partes dizia assim: “se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.” Nunca esqueci dessas palavras.

Vontade e dedicação são imprescindíveis para atingir quaisquer objetivos. Dos mais modestos aos mais grandiosos. E sempre será necessário abrir mão de algo. Eleger prioridades. A verdade é que o comodismo é uma espécie de câncer. É silencioso, normalmente demora para ser percebido, e vai matando, pouco a pouco, nossa felicidade. Por isso, fique atento. Quando detectado tardiamente, o quadro pode ser irreversível.