Há pouco mais de dez dias comemorou-se o dia do amigo. Uma data bastante curiosa pois, diferente de outras datas comemorativas, esta homenageia uma pluralidade de pessoas de maneira que é quase impossível você aproveitar esse dia com todos os que gostaria de estar celebrando. Mas, mais curiosa do que essa data, é o sentimento que deu origem a ela: a amizade.
Pode parecer um assunto um tanto clichê, afinal muito já foi falado sobre o poder das verdadeiras amizades, a sorte daqueles que têm amigos de uma vida inteira etc. Já foram escritos textos, declarações e poesias sobre este tão nobre sentimento.
Mas a minha intenção é diferenciada. Gostaria de refletir sobre as amizade a partir de outra perspectiva. Falar sobre os diferentes tipos de amizade, e seus respectivos tempos de duração.
Não há como negar que, no decorrer da vida, nos deparamos com amigos falsos e verdadeiros.
Mas, se uma amizade não dura uma vida inteira, isso não significa, necessariamente, que ela é de mentira.
Existem amizades que, apesar de momentâneas, não deixam de ser verdadeiras. Afinal, quem nunca passou horas rindo, conversando e se divertindo com uma pessoa até então desconhecida que foi apresentada por parentes em uma almoço dominical. Durante aquela tarde, aquela pessoa foi uma grande amiga. Pode ser que você nunca mais volte a vê-la, mas isso não tira o mérito daquele encontro.
Algumas amizades duram uma semana: aquele grupo de amigos que você conheceu na praia. Outras que duram um ou dois anos, até o seu amigo mudar de colégio ou de emprego.
E, é claro, existem aquelas amizades indestrutíveis, que resistem ao tempo, à distância e a todo e qualquer obstáculo. Essas, sem dúvida, são as mais raras e profundas.
Mas as outras, aquelas de momento, também têm um papel especial em nossas vidas.
Pois, para mim, o que determina o valor de uma amizade não é o seu tempo de duração (contado nos ponteiros do relógio), mas sim a capacidade de entrega dos amigos nos momentos passados juntos. Parafraseando o poeta Vinícius de Moraes, assim como no amor, o mais importante de uma amizade é que ela seja infinita enquanto dure.
Às vezes uma metáfora fala mais do que mil palavras. Este blog é um convite para ler, interpretar, refletir e construir suas próprias ideias e conhecimento. Vou expressar minha modesta opinião sobre alguns assuntos e espero inspirar novas opiniões."Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo." Buda. Metaforicamente falando: inspire-se e cuide dos seus pensamentos. Alimente-os constantemente para que possam crescer e evoluir.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
A linguagem do olhar
Olhares. Ultimamente ando intrigada com este sentido tão natural dos seres humanos. Um olhar diz o que? Muito mais do que qualquer palavra pois a linguagem do olhar é tão expressiva e verdadeira que não pode ser facilmente manipulada (e nem sequer calada). O modo de falar dos olhos, porém, é metafórico, subjetivo.É como uma poesia. É preciso prestar atenção, ler e reler e transpor algumas barreiras para compreendê-lo em sua plenitude.A tradução de um olhar não é uma ato objetivo e inteligível. Não é possível transpor em palavras. Ele é auto-explicativo por si só.
Há pessoa que possuem ou adquirem olhares enigmáticos. Pessoas com dons sublimes, muitas vezes não reconhecidos ou devidamente valorizados. O olhar perdido no tempo e nas notas musicais no momento da criação.Pessoas cujos olhos mostram, simultaneamente, a dor do sofrimento jamais apagado e a alegria da superação nunca abandonada.
O brilho no olhar. Este é próprio daqueles que têm convicção em seus sonhos.Aqueles que enxergam muito além das barreiras e para quem as limitações são sempre passageiras.
Há ainda os que possuem o olhar límpido como água. Olhos que resumem o seu ser.Alguns deste deixam-se revelar. Outros criam artifícios na tentativa de evitar o sofrimento que a transparência excessiva pode trazer.
A verdade é que os olhares, mais do que vistos, precisam ser sentido. Esta é a única maneira que possibilita a interpretação deste linguajar propositalmente misterioso.
Há pessoa que possuem ou adquirem olhares enigmáticos. Pessoas com dons sublimes, muitas vezes não reconhecidos ou devidamente valorizados. O olhar perdido no tempo e nas notas musicais no momento da criação.Pessoas cujos olhos mostram, simultaneamente, a dor do sofrimento jamais apagado e a alegria da superação nunca abandonada.
O brilho no olhar. Este é próprio daqueles que têm convicção em seus sonhos.Aqueles que enxergam muito além das barreiras e para quem as limitações são sempre passageiras.
Há ainda os que possuem o olhar límpido como água. Olhos que resumem o seu ser.Alguns deste deixam-se revelar. Outros criam artifícios na tentativa de evitar o sofrimento que a transparência excessiva pode trazer.
A verdade é que os olhares, mais do que vistos, precisam ser sentido. Esta é a única maneira que possibilita a interpretação deste linguajar propositalmente misterioso.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Sobre livros, ficção e realidade
Durante um ano, são muitas as pessoas que entram e
saem de nossas vidas. Pessoas que deixam marcas, ensinamentos, saudade. Porém,
para aqueles que apreciam o hábito da leitura, não são somente os seres da
realidade que preenchem os nossos dias. Alguns personagens inusitados e (em sua
maioria) fictícios, presentes nas páginas de contos e romances, ganham a
oportunidade de entrar em nosso mundo real quando motivam reflexões e pequenas
mudanças. Inseridos em histórias e relatos eles são capazes de nos embriagar a
ponto de ficarmos refletindo sobre suas aventuras e inquietações, que passam a
ser um pouco nossas também. Durante o ano de 2012, foram muitos os personagens
que fizeram parte do meu mundo literário. As incertezas e apreensões do jovem
escritor David Martín, protagonista do Jogo
do Anjo, se misturaram com o sentimento de justiça e perseverança da também
novata advogada Jeniffer Parker, em um livro de título semelhante – A Ira dos Anjos – mas enredo e estilo
diversos. Depois de Barcelona de Zafón e da Big Apple de Sidney Sheldon viajei
para Sarajevo onde Hanna me mostrou a satisfação que ganhamos ao escolher a
profissão certa, especialmente quando ela gera um bem comum. No caso de Hanna
recuperando, nas Memórias do Livro, parte
do conhecimento humano.
A França também esteve no meu roteiro e foi cenário
para as traições, o tédio e os sonhos incertos da insatisfeita Madame Bovary,e para o amor intenso e
proibido de Peter e Olívia, no decorrer de Cinco
dias em Paris. Estes livros demonstraram que a felicidade é infinitamente
superior e mais importante que a manutenção das aparências. Já a história de Christine
comprovou que omissões e meias verdade podem passar, de soluções momentâneas a
problemas irreparáveis, pois para a pergunta “Você pode guardar um segredo?” a resposta é incerta, duvidosa e tem
prazo de validade.
Também senti na pele as mazelas de outro mal, quando
a diversão vira vício, na angústia interminável de Ivanovich, O Jogador de
Dostoiévski. Já Os Três Mosqueteiros
(que na verdade se tornaram quatro) me mostraram que a união não somente
faz a força, mas também pode significar a salvação.
E no livro mais encantador que já tive o prazer de
me aventurar um Pequeno Príncipe me
mostrou que a inversão de valores tomou conta do nosso tempo. A beleza, que
está nas coisas mais simples, deve ser apreciada e cultivada para florescer.
Enfim, estes e outros personagens invadiram o meu
imaginário e a minha subjetividade nos últimos tempos. E que venha 2013,
carregado de narrativas envolventes que merecem ser prestigiadas.
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